TEXTO I
Andaram na praia, quando saímos, oito ou dez deles; e daí a pouco começaram a vir mais. E parece-me que viriam, este dia, à praia, quatrocentos ou quatrocentos e cinquenta. Alguns deles traziam arcos e flechas, que todos trocaram por carapuças ou por qualquer coisa que lhes davam. [...] Andavam todos tão bem-dispostos, tão bem feitos e galantes com suas tinturas que muito agradavam.
CASTRO, S. A carta de Pero Vaz de Caminha. Porto Alegre:
L&PM, 1996 (fragmento).
TEXTO II
PORTINARI, C. O descobrimento do Brasil. 1956.
Óleo sobre tela, 199 x 169 cm Disponível em: www.portinari.org.br. Acesso em: 12 jun. 2013.
Pertencentes ao patrimônio cultural brasileiro, a carta de
Pero Vaz de Caminha e a obra de Portinari retratam a
chegada dos portugueses ao Brasil. Da leitura dos textos,
constata-se que
a) a carta de Pero Vaz de Caminha representa uma das primeiras manifestações artísticas dos portugueses em terras brasileiras e preocupa-se apenas com a estética literária.
b) a tela de Portinari retrata indígenas nus com corpos pintados, cuja grande significação é a afirmação da arte acadêmica brasileira e a contestação de uma linguagem moderna.
c) a carta, como testemunho histórico-político, mostra o olhar do colonizador sobre a gente da terra, e a pintura destaca, em primeiro plano, a inquietação dos nativos.
d) as duas produções, embora usem linguagens diferentes - verbal e não verbal -, cumprem a mesma função social e artística.
e) a pintura e a carta de Caminha são manifestações de
grupos étnicos diferentes, produzidas em um mesmo momentos histórico, retratando a colonização.
Resolução: C
A Carta de Caminha, certidão de batismo do Brasil, destaca a visão do colonizador pelo prisma otimista constatado pela receptividade dos indígenas. Já no quadro de Portinari, os nativos, entre surpresos e espantados, apontam para as embarcações portu -guesas.
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