terça-feira, 19 de agosto de 2014

Pentacampeões sentem falta da “irreverência” no futebol

Pentacampeões sentem falta da “irreverência” no futebol

Depois do vexame na Copa do Mundo, quando o Brasil perdeu por 7 a 1 para a Alemanha na semifinal da competição, os defeitos do futebol brasileiro entraram em foco. Em entrevista exclusiva ao Terra, os ex-atacantes Denílson e Edílson, pentacampeões em 2002, afirmaram que os atletas daqui perderam a irreverência dentro de campo e o principal culpado disso é o trabalho desenvolvido pelos clubes nas categorias de base. Denílson ficou conhecido como um dos principais símbolos do futebol arte. Carrega até hoje o apelido de "Denilshow" e nas eliminatórias, e na própria Copa do Mundo de 2002, chamou a atenção pela ousadia adotada em ir para cima dos rivais. "Hoje em dia não há um jogador como eu aqui no Brasil. Dessa última geração o único é o Neymar. É aquele atleta que vai para cima, busca a finta, não marca tantos gols, mas contribui com assistências. Chama a torcida para participar do espetáculo. Nesse sentido vivemos uma fase muito complicada e não vamos mudar da noite para o dia", lamentou. Para ele, esse ponto precisa voltar a ser explorado nas categorias de base dos clubes. "A palavra da moda é planejamento, mas ninguém faz nada para existir um planejamento. Aqui planejamento significa resultado. Não há um trabalho a longo prazo, é no máximo um, dois anos. Enquanto a formação de atleta for voltada apenas a parte física, vai ficar cada vez mais raro assistir um drible em um jogo. Estamos preocupados em imitar o futebol europeu, mas estamos perdendo a nossa principal arma: a irreverência", apontou. Para Denílson, a cobrança nos atletas nas categorias de base é salutar. Só que isso vem sendo realizado da maneira errada. "É importante o jogador crescer sabendo a importância do resultado positivo, a importância de um jogo, ter a educação necessária. O que é inútil é exigir títulos. Base é para formar jogador, não ser campeão. Às vezes, os resultados não aparecem na base e bons nomes são queimados por isso", finalizou o camisa 17 no mundial de 2002. Já para Edílson, a globalização e o foco no preparo físico estão deixando o futebol muito nivelado. "Hoje todo mundo se conhece, todos os jogos são transmitidos e é tudo muito parecido. Não existe mais o improviso, os treinadores preferem armar o time na retranca para conseguir o resultado. o jogador não busca uma jogada diferente pelo medo de errar e atrapalhar a equipe. Isso vem desde a categoria de base. A pressão é muito grande e está tirando o encanto do futebol", reclamou. Para Edílson, isso ficou nítido no Brasil contra a Alemanha na Copa. "Foi uma fatalidade ter perdido o Neymar. A Seleção perdeu o foco no jogo. Só que, sem o Neymar, o nosso time foi formado por jogadores iguais, que não tinham uma jogada diferenciada", analisou o ex-atacante, outro símbolo do futebol arte e irreverente enquanto esteve em campo.


Depois do vexame na Copa do Mundo, quando o Brasil perdeu por 7 a 1 para a Alemanha na semifinal da competição, os defeitos do futebol brasileiro entraram em foco. Em entrevista exclusiva ao Terra, os ex-atacantes Denílson e Edílson, pentacampeões em 2002, afirmaram que os atletas daqui perderam a irreverência dentro de campo e o principal culpado disso é o trabalho desenvolvido pelos clubes nas categorias de base....

Fonte: Terra
Categoria: Futebol
Publicado em: 18 Aug 2014 23:23:22
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