44 - Até hoje admitia-se que nosso conhecimento se devia
regular pelos objetos; porém, todas as tentativas para
descobrir, mediante conceitos, algo que ampliasse nosso
conhecimento malogravam-se com esse pressuposto.
Tentemos, pois, uma vez, experimentar se não se
resolverão melhor as tarefas da metafísica, admitindo que
os objetos se deveriam regular pelo nosso conhecimento.
KANT, I. Crítica da razão pura. Lisboa: Calouste-Guibenkian, 1994 (adaptado).
O trecho em questão é uma referência ao que ficou
conhecido como revolução copernicana da filosofia. Nele,
confrontam-se duas posições filosóficas que
a) assumem pontos de vista opostos acerca da natureza
do conhecimento.
b) defendem que o conhecimento é impossível, restando-nos somente o ceticismo.
c) revelam a relação de interdependência entre os dados
da experiência e a reflexão filosófica.
d) apostam, no que diz respeito às tarefas da filosofia, na
primazia das ideias em relação aos objetos.
e) refutam-se mutuamente quanto à natureza do nosso
conhecimento e são ambas recusadas por Kant.
Resolução
A - O texto da questão apresenta posições opostas a
respeito da natureza do conhecimento. Enquanto, em
uma delas, os objetos são a fonte da produção do
conhecimento, a outra afirma a primazia das ideias
sobre os objetos na busca do conhecimento, posição
essa defendida por Kant.
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