40 - De ponta a ponta, é tudo praia-palma, muito chã e muito
formosa. Pelo sertão nos pareceu, vista do mar, muito
grande, porque, a estender olhos, não podíamos ver senão
terra com arvoredos, que nos parecia muito longa. Nela,
até agora, não pudemos saber que haja ouro, nem prata,
nem coisa alguma de metal ou ferro; nem lho vimos.
Porém a terra em si é de muito bons ares [...]. Porém o
melhor fruto que dela se pode tirar me parece que será
salvar esta gente.
Carta de Pero Vaz de Caminha. In: MARQUES, A; BERUTTI, F.; FARIA, R.
História moderna através de textos. São Paulo: Contexto, 2001.
A carta de Pero Vaz de Caminha permite entender oprojeto colonizador para a nova terra. Nesse trecho, o
relato enfatiza o seguinte objetivo:
a) Valorizar a catequese a ser realizada sobre os povos
nativos.
b) Descrever a cultura local para enaltecer a prosperidade
portuguesa.
c) Transmitir o conhecimento dos indígenas sobre o
potencial econômico existente.
d) Realçar a pobreza dos habitantes nativos para demarcar
a superioridade europeia.
e) Criticar o modo de vida dos povos autóctones para
evidenciar a ausência de trabalho.
Resolução
A - Embora Caminha, em sua carta a D. Manoel, tenha
apontado outros benefícios que o Brasil poderia
proporcionar a Portugal (fertilidade do solo e
probabilidade de encontrar metais preciosos), foi a
possibilidade de conversão dos nativos, dentro do
espírito cruzadista (ou “impulso salvífico”, segundo o
historiador Fernando Novais) que influenciou, ao
menos parcialmente, a expansão marítima e o
processo colonizador empreendidos pelos lusitanos
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